Vereadores querem apertar cerco às operadoras
Jean Pirolla (PP) levantou novamente na Câmara Municipal de Brusque os problemas causados pela má qualidade da cobertura da telefonia móvel na cidade. Citou que esteve em audiência com o Procon local para tratar do assunto. Um levantamento de informações junto ao órgão foi feito para discutir com detalhes o problema.
Em 2010 havia 105.503 pessoas morando em Brusque. Índice que apresentou crescimento no decorrer das duas últimas décadas. “Brusque, desde de 1998, quando das concessões de telefonia,cresceu em torno de 45% sua população. A média por ano é de 3,7%”, frisou na tribuna.
Com base nisso, buscou-se informações em relação ao andamento dos serviços de telefonia móvel no município. Segundo ele, um ítem constante nos contratos de concessão especifica que uma cidade será considerada toda atendida pelo serviço quando tiver em torno de 80% de seu território com cobertura de telefones móveis. “Descobrimos que passamos longe de ter isso”, destacou.
De posse de um mapa com regiões abastecidas pelo serviço, ele apontou quem a pequena área possui qualidade de sinal muito boa. Nas demais, como parte de Dom Joaquim, Steffen, Rio Branco, o sinal é de baixa qualidade. Os demais bairros ou têm sinal de má qualidade, ou não tem nenhum.
Na região do Bairro Azambuja, segundo ele, há em torno de 5% da população domiciliada, o maior hospital da região, moradias e um grande número de estabelecimentos comerciais. E esta é, segundo ele, uma das áreas mais afetadas, mas que recebeu um reforço com a instalação.
“Na Limeira tenho certa de que cresceu desde 2012 mais de 4% e é uma vergonha. Não temos sinal de cobertura móvel. Batêas e Volta Grande também preocupa”, prosseguiu ele, lembrando que em uma audiência pública realizada em 2012 foi solicitada alteração na legislação sobre o setor para que as empresas possam realizar ajustes.
Valmir Ludvig (PT) se disse cansado de discutir o assunto com as operadoras, que enganam a população e não resolvem o problema. “Todas (as operadoras) são muito ruins”, destacou.
Roberto Prudêncio Neto (PSD) disse que na legislatura passada fez parte de uma comissão que tratou do tema. “Nós vimos que se não colocarmos a faca no pescoço dessas operadoras, nada acontece”, comentou.